quarta-feira, 29 de julho de 2009
Casa na Serra da Cantareira
CASA NA SERRA DA CANTAREIRA
São Paulo SP, 2008 (Projeto)
O Terreno
O ato de projetar, quiçá, vem desde a escolha do terreno. Foi o caso deste cliente, que convidou o arquiteto a opinar sobre as duas opções de lote que poderia adquirir, em um pequeno condomínio no sopé da Serra da Cantareira.
A opção de um lote plano foi descartada rapidamente, ao vislumbrar o outro terreno, em forte declive, com grandes rochas e muita vegetação: “Este daqui, compre este daqui.” O cliente adquiriu o lote na mesma tarde.
O Programa
Um jovem casal sem filhos, antecipando-se em ter uma casa de três dormitórios, com área de lazer para piscina e churrasco.
O Partido
Como colocar uma piscina num terreno em queda e com vegetação abundante, com devida privacidade, e de preferência com boa insolação? A resposta a essa pergunta – uma piscina elevada no segundo piso – foi determinante no conceito da casa:
Faz-se uma piscina “no ar”, de profundidade 1,30m suportada por um conjunto de vigas condizente com a carga. Dessa grande estrutura de concreto, atiranta-se o conjunto de salas e cozinha (por vocação, espaços mais abertos). A leveza da estrutura metálica dá a possibilidade de envidraçar esse ambiente contínuo, como um cesto de balão na altura das copas adjacentes.
Uma passarela estreita e baixa, por entre duas grandes rochas, dá o acesso da rua à sala. Só então é que o forro ganha altura – justamente a profundidade da piscina. É o momento de descompressão, e o entendimento da estrutura da casa. É quando se entende que foi feita uma inversão do intuitivo: o pesado ficou em cima, e o leve por baixo.